O valor inestimável do conhecimento é um dos maiores apreços que um indivíduo pode almejar. O hábito da leitura no Brasil, porém, não é propriamente um dos hobbies mais apreciados na terra do futebol. De acordo com o ministro da cultura, Juca Ferreira, o índice de leitura no país é de apenas 1,7 livro ao ano em média.
Como se não bastasse o pouco interesse pelo brasileiro nos livros, a crise atual no país faz aumentar a preocupação das famílias com os gastos de consumo. Se a contenção para frear as despesas mensais aumenta, sobra poucos motivos para acreditar que o brasileiro sairá correndo para consumir livros durante o estágio atual do cenário econômico.
Apesar dos vestígios pouco favoráveis para esse mercado, ainda há evidências positivas que sinalizam uma forte circulação e interesse no território nacional por leitura, considerando o aumento de 6,9% no faturamento nas vendas de livros no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2014, segundo divulgação realizada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e pelo Instituto de Pesquisa Nielsen.
Você sabe dizer quais são os bairros das regiões sul e sudeste em que se gasta mais com leitura? Para avaliarmos melhor essa questão, a Cognatis reuniu informações do GEOpop®, a maior base de dados geodemográficos do Brasil, e realizou um ranking com os bairros que mais gastam em livros nessas regiões brasileiras.
A variável analisada foi justamente o ticket médio gasto em livros. O levantamento realizado pela Cognatis apontou que os bairros brasileiros (com mais de 5 mil habitantes) que gastam o maior índice de ticket médio em livros pertencem à cidade do Rio de Janeiro. Todos os dez primeiros colocados estão localizados na cidade carioca, com gastos que não saem por menos de R$ 114 mensais. A observação inicial é a de que esses bairros apresentam habitantes com idade média acima de 40 anos e, com exceção do Leme e São Conrado, esses distritos possuem cada um, mais de 60% dos chefes de família com ensino superior. A renda familiar desses bairros (total da renda familiar dividida pelo total de domicílios particulares permanentes ocupados) quase que dobrou se comparado ao ano 2000, pulando de R$ 7.700 há 15 anos, para R$ 13.500 em 2015.
Se separarmos os bairros com renda familiar acima de R$ 5 mil, podemos identificar outras observações interessantes em comparação com os campeões em gastos com livros. Bairros com renda familiar acima de R$ 5 mil apresentam despesas próximas aos dos bairros que mais gastam em livros quando se trata de investimentos em cursos de pós graduação e em instituições de ensino médio. No caso da pós, a média é de R$ 331,20 para os dez primeiros colocados e de R$ 293,12 para os dez últimos. As despesas voltadas para o ensino médio apresentam também valores próximos: com R$ 352,36 para os leitores mais vorazes e R$ 337,48 para os menos.
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