As lojas físicas estão em alta

Agora em Janeiro de 2025 aconteceu a 115ª edição da Retail´s Big Show promovida pela americana NRF – National Retail Federation, a maior referência global em varejo. Como todos os anos, centenas de palestrantes apresentam novidades e cases interessantes, vindos de várias partes do mundo, revelando os principais caminhos que estão e que serão percorridos pelo varejo mundial.

Neste ano, dentre as diversas tendências que foram apontadas, selecionamos algumas mais importantes e que se referem à importância e relevância das lojas físicas. 

É importante ressaltar que este canal físico atravessou momentos difíceis, quando, por exemplo, no final dos anos noventa e início dos anos 2000 verificou-se o fenômeno chamado de bolha da Internet. Naquele momento, intensificava-se de forma ostensiva o uso da Internet pelo mundo, o que levou as empresas de tecnologia a começarem a ser extremamente valorizadas. Por conta disso, o início do e-commerce apontava para o desaparecimento ou forte encolhimento das lojas físicas. 

A valorização das empresas de tecnologia, naquele momento, veio para ficar, inclusive com o fortalecimento vigoroso da Nasdaq, bolsa de valores voltada a empresas de tecnologia, criada em 1971, porém até então quase adormecida. Era a chamada Nova Economia que despontava. Apesar de todas as projeções, o decretado fim das lojas físicas, uma vez que todas as compras passariam a ser feitas de forma virtual, efetivamente, não aconteceu. Começava um período onde as experiências no ponto de venda passavam a ser extremamente valorizadas.

O conceito de omnichannel, ou seja, a integração de diversos canais de venda, iniciado por volta de 2010 veio fortalecer a loja física como elo importante na venda de produtos e serviços, reforçando o seu papel. 

A Pandemia em 2020 e 2021 desferiu um golpe certeiro neste canal que se fortalecia, uma vez que o conceito de Novo Normal, desenhava um futuro incerto e nublado às lojas. Novamente, parecia que os pontos físicos de contato entre as pessoas, fossem lojas, escritórios ou locais de eventos, seriam riscados do mapa e da vida de todos.

Passado este período recente da economia mundial, algumas coisas e conceitos se modificaram, mas as lojas renasceram e tomaram seu lugar de destaque, uma vez que o conceito da multicanalidade passou a se mostrar forte no rol das estratégias de venda, o que foi reforçado em algumas das palestras da NRF deste ano.

Vejamos as palestras mais significativas e que envolvem a importância do ponto de venda físico, a seguir:

  • Lee Peterson, da WD Partners falou sobre a importância das lojas físicas e a maneira como pesquisas de mercado apontam formas de tirar o consumidor do sofá e levá-lo às lojas;
  • Bill Forbes da Gap Inc. falou sobre a importância da IA no fortalecimento da relação do consumidor em um ambiente omnichannel e na geração de experiências no ponto de venda;
  • Deb Hall Levefre, VP de Tecnologia do Starbucks falou sobre a integração de canais em lojas da Starbucks e da Levi´s;
  • Karen Etzkorn, do Qurate Retail Group enfatizou o uso de IA Generativa, com ênfase em biometria e visão computacional e sua contribuição ao omnichannel;
  • Ron Thurston da OSSY, moderou o painel “Lead smarter, not harder” (“Trabalhe de forma mais inteligente e não mais árdua”) com diversos profissionais discutindo a importância de redefinir a eficiência da loja física a fim de entregar experiências excepcionais aos consumidores.

Muitas outras palestras também citaram a importância das lojas físicas, sem contar as novidades mostradas na exposição que acontece paralelamente ao evento e que tem um viés fortemente tecnológico, apresentando em sua grande maioria, soluções para operações físicas de varejo.

Podem ser destacadas, dentre outras inúmeras:

  • O uso intensivo de IA na gestão de estoques, previsão de demanda e personalização de ofertas em função do perfil do consumidor na loja;
  • IoT – Internet das coisas, conectando dispositivos diversos no conceito omnichannel e permitindo a tomada rápida de decisões;
  • Análise preditiva com ferramentas analíticas avançadas usadas para prever comportamentos do consumidor, antecipando campanhas de marketing e de precificação em tempo real;
  • Assistentes virtuais e chatbots inteligentes nas lojas para apoiar os clientes, liberando os colaboradores para tarefas mais importantes e que impactam na rentabilidade da loja.

O que se pode depreender desta rápida abordagem sobre os temas discutidos no maior evento de varejo do mundo é que as lojas físicas, mesmo tendo atravessado tempos conturbados em sua trajetória, continuam e continuarão a ser fundamentais nas estratégias de venda de produtos e de serviços. 

Em outras palavras, posicionar uma loja em mercados adequados e em locais que permitam o desenvolvimento destas estratégias de omnicanalidade adquire uma importância ainda maior do que já existiu até agora.

Passa a ser cada vez mais importante expandir a rede de lojas segundo critérios específicos e que considerem as experiências que pretendem ser oferecidas aos clientes. Além disso, é fundamental que a rede também cresça de maneira a permitir que a estratégia omnichannel esteja operante e eficaz. Em outras palavras, as lojas devem estar localizadas não apenas de forma a favorecer o acesso daqueles que vão comprar o produto ou serviço no ponto de venda, mas também aqueles que vão, por exemplo, buscar ou retornar uma compra feita através de outros canais.

A Cognatis, através de nossas ferramentas que permitem identificar a melhor localização de pontos de venda de produtos ou serviços, apoiadas nos bancos de dados geomercadológicos mais completos do país, pode apoiar as suas estratégias de expansão.

Com mais de 20 anos de experiência lidando com redes de varejo dos mais diversos segmentos, a Cognatis consolida uma expertise única que, aliada ao nosso profundo conhecimento técnico, oferece o suporte ideal para amparar o crescimento de seus negócios. 

 

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