A tendência do brasileiro em se casar cada vez mais tarde foi revelada por um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. De acordo com o IBGE, a idade média dos solteiros na data do casamento era de 28 anos para os homens em 2003, e agora subiu para 30 anos em 2013. Entre as mulheres, o aumento passou de 25 para 27 anos.
A proporção de homens e mulheres casados com mais de 50 anos também aumentou. No ano de 2003 registrava-se 10,4% de homens casados com mais de 50 anos; o número passou a ser de 19,4% no ano de 2013. O índice entre as mulheres – que se casam após os 50 anos – passou de 7,1% para 13,3%.
Especialistas indicam que o comportamento nacional reflete a tendência observada entre os países de primeiro mundo, no qual as pessoas priorizam estudos e o desenvolvimento na carreira.
Dados do IBGE revelam que em 2013, ocorreram 1.052.477 casamentos, sendo que em 807.138 deles, ambos os cônjuges eram solteiros.
A região sudeste é a que registrou o maior número de casórios em 2013, com 278.372 novos casais; a cidade de São Paulo é a que apresentou o maior número de uniões entre solteiros com 96.312 novas uniões formalizadas.
Na capital paulista, a faixa etária predominante entre os homens recém-casados é de 25 a 29 anos, com 31.487 homens. Entre as mulheres paulistanas, contrariando a média nacional de maioria com 20 a 24 anos, foram registradas 29.354 casadas com idade entre 25 e 29 anos.
Se considerarmos o indicativo de escolaridade e renda como justificativa para adiamento do casório, podemos avaliar que entre os paulistas, a média de 9,6 anos de estudo é maior do que a média nacional, com 7,7 anos de estudo. Se analisarmos a renda média individual em toda a metrópole de SP, descobriremos que, apesar de existir uma disparidade entre os gêneros, a média paulista ainda é maior que a nacional. Enquanto que na capital paulista o homem ganha, em média, R$2807, contra R$1783 da mulher paulistana, a média nacional aponta a diferença, com o homem brasileiro ganhando R$ 1.522, contra R$ 1.123 da mulher.
Apesar do prolongamento no namoro, houve um acréscimo de 1,2% na taxa de nupcialidade no Brasil entre os anos de 2012 e 2013, com 11.037 casamentos a mais. O estudo do IBGE indica que o aumento no número de casamentos é resultado de mudanças nos padrões de arranjos conjugais e familiares, com a adesão de facilidades legais e administrativas para obtenção de divórcio – possibilitando novas uniões legais e a formalização para uniões estáveis – além de novos programas de casamentos coletivos.