Os formatos de varejo se ajustam à realidade

O varejo, não só no Brasil, mas em todo o mundo, sofreu transformações fortes no que diz respeito aos formatos de varejo, ao sortimento e ao atendimento ao longo da segunda metade do último século e do atual. De forma geral, o abastecimento sempre se fez através de pequenos estabelecimentos com abrangência local, no ramo alimentar, por exemplo, através das mercearias, quitandas e açougues.

Focando exclusivamente no segmento de alimentos, muito embora já existissem em pequena escala, a década de 60 começa a consolidar as primeiras lojas dedicadas a supermercados oferecendo, basicamente, produtos existentes em mercearias, agora expostos em gôndolas e algumas caixas para pagamento.  

O estabelecimento “Sirva-se” em São Paulo, surgido no ano de 1953, pode ser chamado de precursor deste formato no Brasil. Por falar em formato, este é o termo técnico utilizado no jargão varejista, para definir os tipos de lojas, os produtos e serviços oferecidos, seu tamanho, seu atendimento, enfim, suas características físicas como loja. Esta pequena rede seria depois comprada pelo Grupo Pão de Açúcar. 

Panfleto Supermercado Sirva-se, 1953, Acervo O Estado de São Paulo

Figura 1: Panfleto Supermercado Sirva-se, 1953, Acervo O Estado de São Paulo 

 

Supermercado Sirva-se, 1953, Acervo O Estado de São Paulo

Figura 2: Supermercado Sirva-se, 1953, Acervo O Estado de São Paulo 

Nos anos 70 e 80 vêm a consolidação das redes de supermercados com expoentes como Pão de Açúcar em São Paulo, cuja primeira loja foi aberta em 1959, Casas Sendas no Rio de Janeiro, cuja primeira loja foi inaugurada em 1960 e Paes Mendonça, rede pernambucana com origem em 1959.


A Transformação dos Supermercados e Hipermercados ao Longo das Décadas

A trajetória dos supermercados continua pelos anos 60 e 70. Nos anos 80, surgem os hipermercados, grandes superfícies que oferecem também produtos não alimentares, seguindo o modelo americano do Walmart. No final dos anos 70 e começo dos anos 80, a rede 7-Eleven chegou ao Brasil, introduzindo o conceito americano de lojas de conveniência com serviços de alimentação. No entanto, o país talvez não estivesse pronto para esse formato, que começava a se associar aos postos de combustíveis. Durante os anos 80, padarias e açougues foram incorporados ao portfólio dos supermercados.

Sucessivamente estes formatos vão se ajustando ao longo do tempo, até que nos anos 2010, começa a se consolidar a ocupação de territórios pelas redes com pequenas lojas de bairro. Redes estrangeiras, como a Oxxo, chegaram ao Brasil em 2020. Elas cresceram rapidamente com um modelo de lojas próprias. Esse crescimento foi liderado pela mexicana FEMSA e pelo grupo brasileiro Raízen.

Outros segmentos de varejo também passaram por mudanças no perfil e formato das lojas. Até a década de 80, o setor de Material de Construção, exceto por pequenas redes locais, operava com lojas únicas de bairro. A chegada de redes estrangeiras, como a francesa Castorama, enfrentou desafios, levando à sua saída do Brasil devido à complexidade tributária. Enquanto isso, a marca nacional C&C Casa e Construção se consolidou ao adquirir redes menores. Isso deu início a uma disputa no mercado de grandes superfícies, os Home-Centers, formato importado dos EUA, com Home Depot e Lowe’s como principais expoentes.

Depois, chegam as francesas Leroy Merlin e Telhanorte Saint Gobain, firmando o formato como um player relevante, mesmo com uma concentração de cerca de 15% do setor. Redes regionais e centrais de negócios começam a atuar, capturando boa parte do mercado nas décadas de 80 e 90.

A Adaptação dos Formatos de Varejo

Primeiramente, o segmento de material de construção tem adotado, mais recentemente, formatos menores, como lojas de vizinhança. Além disso, pequenas lojas estão sendo convertidas para novas bandeiras, aproveitando benefícios que incluem estoque de produtos, estrutura de loja, treinamento de funcionários e propaganda. A Leroy Merlin é um exemplo desta tendência, com o seu formato de vizinhança chamado de Leroy Merlin Express. 

Essas tendências de redução do tamanho das lojas são mais comuns na Europa do que nos EUA. Os europeus valorizam a proximidade e a conveniência de compras a pé ou usando transporte público. Em contraste, os norte-americanos ainda dependem fortemente de veículos para fazer compras.

Os formatos de varejo acompanham a dinâmica da sociedade, seja sob os aspectos econômicos, seja sob os aspectos culturais dentro de um contexto de inovação. Acompanhar estes movimentos é fundamental para um bom desempenho e a busca de sucesso e rentabilidade no negócio.  

Por exemplo, mencionamos os setores de alimentos e materiais de construção. No entanto, essa visão e a necessidade de acompanhar as mudanças do mercado se aplicam a todos os segmentos de varejo. Portanto, é fundamental saber se posicionar diante dessas mudanças.


Estratégias de Expansão e Geomarketing para o Crescimento Eficiente no Varejo

Conhecer esta dinâmica é importante para movimentos de crescimento e expansão, especialmente de redes de varejo de médio e grande porte, assim como para a indústria fornecedora de produtos e que as abastecem. Dentro deste contexto é importante saber para onde ir e como implementar a estrutura da equipe de vendas para abordar o mercado da forma mais rentável e inteligente. 

Conhecer e utilizar as ferramentas apoiadas em Geomarketing pode permitir a melhor apropriação do território e sua ocupação de maneira mais efetiva.  

A Cognatis possui ampla experiência no mercado de varejo. Além disso, conta com volumosos bancos de dados geomercadológicos e ferramentas baseadas em Inteligência Artificial. Com o apoio de uma equipe de Cientistas de Dados e Estatísticos, a Cognatis pode oferecer suporte eficiente tanto para redes de varejo quanto para seus fornecedores. Conheça mais em www.cognatis.com.br e apresente o seu problema. Vamos mergulhar nele profundamente com o intuito de te apresentar uma solução vantajosa e eficiente. 

 

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