Franquias, um modelo de negócios cada vez mais atraente

O modelo de franquias é algo que, definitivamente, criou o seu espaço no desenvolvimento do mundo dos negócios tomando um vulto significativo tanto no mundo como no Brasil.

No Brasil, com 3.311 marcas atuantes, o setor faturou, segundo dados da ABF – Associação Brasileira de Franchising em 2023, R$ 250 Bilhões. Os dados finais do ano passado ainda não foram liberados, porém é possível verificar que no terceiro trimestre de 2024, o crescimento acumulado dos últimos 12 meses, atingiu R$ 265 Bilhões, apontando para um valor anual final na casa de R$ 270 Bilhões, ou seja, um crescimento na casa de 8% e acima. O varejo brasileiro como um todo, segundo a CNC – Confederação Nacional de Comércio, deve atingir um crescimento no ano passado de 5,5% em relação a 2023.

No mundo, as maiores operações de franquias, considerando número de lojas e faturamento são, por ordem de tamanho:

  • 7-Eleven: presente no mercado desde 1927 como loja de conveniências, assumiu o franchising como modelo de expansão na década de 60. Possui 78 mil lojas espalhadas em 19 países, apesar de não atuar no Brasil;
  • Subway: franquia desde meados da década de 60, possui 39 mil lojas em cerca de 100 países;
  • McDonald´s: fundada em 1940, adotou o sistema de franquias em 1953. Possui 36 mil lojas espalhadas por 119 países. No Brasil exige um investimento inicial na casa de R$ 2,7 milhões.

 

As dimensões de uma franquia

 

O formato de franquias se caracteriza por três principais dimensões que definem o sucesso de um negócio. Em primeiro lugar vem a essência que é a existência de um produto ou um serviço atraente aos olhos do consumidor. Em segundo lugar vem um modelo de negócio e de gestão ajustado para ser operado por terceiros que não exatamente os criadores do negócio. Por fim aparece o espalhamento geográfico destes negócios que serão operados, em geral, por agentes locais que irão reproduzi-los e que serão voltados a públicos específicos e que apresentem demanda para as categorias de produtos ou serviços a serem oferecidos em cada unidade.

Em geral o franqueador, ou seja, aquele que detém os direitos principais sobre o negócio e sobre a marca e que formatou o modelo de franquia, busca operadores que tenham aptidões mínimas para a gestão das unidades franqueadas, os chamados franqueados.

Muitas vezes os franqueados chegam a um franqueador com interesses que nem sempre atingem as suas expectativas, sejam elas em relação ao capital que se pretende investir para a implantação do negócio, seja em relação à localização. A aparente facilidade de iniciar um novo negócio atrai muita curiosidade que nem sempre se reverte em unidades abertas. Isso exige cuidados muito profundos do franqueador na escolha de um franqueado, buscando focar naqueles que efetivamente trarão resultados esperados.

Algumas franquias, segundo a definição de seus criadores, destinam-se a públicos específicos e, muitas vezes, só se viabilizam financeiramente se atingirem metas mínimas de vendas, caso contrário, a conta não fecha e a unidade torna-se inviável.

 

A qualificação de um ponto físico para a unidade franqueada

 

Todos estes aspectos devem ser, necessariamente, definidos e decididos antes da abertura da unidade, evitando-se por um lado o desgaste da marca do franqueador e por outro, a frustração do franqueado que muitas vezes emprega um capital acumulado durante anos de trabalho e que pode significar investimentos de toda uma família.

Desta forma, qualificar um ponto para a implantação física de franquias é algo de suma importância e geralmente deve ser feito previamente à adesão do franqueado à marca.

As marcas exigem, em sua grande maioria, que a localização do estabelecimento seja em sítios com determinadas características mercadológicas, podendo ser citadas dentre estas:

  • Perfil demográfico na região de influência do estabelecimento;
  • Perfil etário, em consonância com o público-alvo da franquia;
  • Fluxo de pedestres e de veículos, que representem a visibilidade do ponto;
  • Proximidade de concorrência direta ou indireta. Por exemplo, a concorrência direta de uma loja de cosméticos é dada por outras lojas semelhantes e do mesmo segmento. Já a concorrência indireta, se dá por supermercados ou farmácias;
  • Perfil de renda do público residente e do público diurno na região, já que o ponto físico pode estar localizado em uma região com menor incidência de domicílios e mais atividade comercial;
  • Grau de comercialização da região, índice que mostra quanto dos imóveis é de perfil comercial;
  • Shopping Center ou rua, pode ser outra decisão a ser tomada;
  • Potencial de consumo da categoria foco da franquia;
  • Gastos com esta categoria etc.

Estas são características básicas além de outras específicas que podem ter sido definidas pelo franqueador com base em sua performance histórica, tais como: proximidade ou distanciamento de determinadas atividades, tamanho da área de influência do estabelecimento e assim por diante.

 

Como qualificar um ponto físico para uma nova unidade?

 

Conhecer estas características não é fácil e exige dois elementos principais, sendo o primeiro um banco de dados consistente com estas informações sociodemográficas e mercadológicas e o segundo que é algum tipo de ferramenta que permita vincular este banco de dados a uma visão espacial, ou seja, georreferenciando estes dados.

A Cognatis, com experiência de mais de 20 anos, reúne todas as condições para prestar o melhor apoio às empresas franqueadoras para que o negócio seja da melhor forma preservado, assim como aos franqueados, que podem ter muito mais segurança de proteger o seu investimento, como dissemos acima, muitas vezes o investimento da vida de uma família.

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